O russo Pavel Durov, fundador e presidente-executivo do Telegram, foi preso em um aeroporto ao norte de Paris no último sábado (24), chamado Le Bourget. Ele estava em um jato particular e foi detido logo depois de pousar.
A imprensa francesa diz que Durov, de 39 anos, foi preso em razão de crimes relacionados ao Telegram.
As acusações que envolvem Durov dizem respeito, por exemplo, a ser cúmplice de tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes, com as alegações focadas na falta de moderação e cooperação do Telegram com as autoridades.
“Ausência de mecanismos de checagem e moderação, além da falta de cooperação nas investigações foram decisivos para considerá-lo cúmplice de crimes”, disse o jornalista Andrei Kampff.
O aplicativo é bastante utilizado no Brasil e ganhou destaque por ser a plataforma utilizada por simpatizantes de direita nas eleições presidenciais de 2022. Chegou inclusive a ser suspenso no País, por descumprir determinações judiciais.
Em 2023, por exemplo, o Telegram saiu do ar no Brasil depois que a empresa “cumpriu apenas parcialmente” ordem judicial para fornecer dados de participantes de grupos com conteúdo neonazista dentro do aplicativo.
Entretanto, os países em que o app é mais usado são Ucrânia e Rússia.
Em território russo, o Telegram também chegou a ser banido por se recusar a entregar dados de usuários, mas a sanção foi revertida em 2021.