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Polícia isenta médicos pela morte de criança em Guapó; família acusa negligência

"Não foram encontrados indícios de falhas, morosidades ou negligências por parte dos servidores municipais de saúde naquela situação", diz polícia

Polícia isenta médicos pela morte de criança em Guapó; família acusa negligência
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A Polícia Civil concluiu, na segunda-feira (17), inquérito sobre a morte de Maria Laura, de 5 anos, durante um atendimento em um ambulatório de Guapó. Conforme a corporação, a equipe médica agiu dentro de todos os protocolos estabelecidos pelo SUS. “Não foram encontrados indícios de falhas, morosidades ou negligências por parte dos servidores municipais de saúde naquela situação.”

 
 
 

Ainda segundo a corporação, o Instituto Médico Legal concluiu que morte da criança se deu por “causas naturais”, devido a “processo infeccioso (pneumonia), que evoluiu com sepse e coagulação intravascular disseminada”.

 
 
 

A morte aconteceu em 21 de agosto de 2024 e, na época, a família denunciou negligência. Segundo parentes da garota, ele foi quatro vezes em dois dias ao ambulatório.

 
 
 

Denúncia da família

 
 
 

Segundo a família, Maria Laura foi levada ao ambulatório quatro vezes em dois dias antes de falecer. Em entrevista à TV Anhanguera, a tia da menina, Suelen Sousa, contou que, na tarde de 19 de agosto, Maria machucou o pé durante uma brincadeira. “Ela não reclamou de dor na hora, mas à noite vomitou, e a mãe a levou ao ambulatório”, disse.

 
 
 

No primeiro atendimento, o médico administrou soro à menina e, como ela não reclamava de dor, a liberou. Naquela noite, a menina sentiu dor, e o pé ficou inchado e roxo. Na manhã do dia 20, ela voltou à unidade de saúde.

 
 
 

No segundo atendimento, a médica prescreveu ibuprofeno e dipirona via oral e pediu que a menina retornasse no dia seguinte para fazer um raio-x. Na data do óbito, Maria Laura realizou o exame, e a médica constatou que não havia fratura. “Como ela ainda sentia muita dor, minha irmã pediu um remédio e a médica aplicou uma injeção no bumbum da Maria”, relatou Suelen Sousa.

 
 
 

A família afirmou que a equipe do ambulatório não informou qual medicamento seria aplicado e que eles não tiveram acesso ao prontuário ou receita. Além disso, disseram que Maria Laura nunca teve reações alérgicas a medicamentos, e que a médica havia perguntado sobre isso antes da aplicação.

 
 
 

Após a injeção, a criança foi liberada e voltou para casa. Cerca de meia hora depois, a garota começou a apresentar erupções na pele e a perna ficou roxa. A mãe a levou rapidamente de volta ao ambulatório.

 
 
 

Ao retornar, Maria Laura foi internada, e a equipe colocou um aparelho de oxigênio para ajudá-la a respirar. Segundo a tia, os médicos solicitaram a transferência da menina para um hospital em Goiânia.

 
 
 

O avô Antônio relatou à TV que a neta estava na maca com soro e máscara de oxigênio. “Eu dizia que ela estava com falta de ar, mas eles não faziam nada. Ela reclamava de dor, e eu não podia ajudar. Eu precisava segurar a máscara para que o oxigênio não escapasse”, disse.

 
 
 

Antônio contou que começou a rezar e pediu para que a neta o acompanhasse. “Ela só perguntou se o papai do céu iria cuidar dela”, disse. “A pressão dela foi caindo e, quando a ambulância chegou, eles a levaram sem nenhum aparelho, nem máscara, e ela morreu”, completou.

 
 
 

A família acreditava que Maria Laura tinha sofrido uma reação alérgica ao medicamento aplicado. O avô disse que o atestado de óbito registrou a morte como natural, mas a família discordou.“É uma dor pior do que perder um pai ou uma mãe. Ver minha neta morrer sem poder fazer nada, e ninguém fazer nada, foi negligência.”

FONTE/CRÉDITOS: Verde Vale Mineiros

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