A Polícia Civil indiciou na terça-feira (14) nove pessoas da equipe médica do Hospital Centro-Norte Goiano pela morte de dois pacientes que ficaram se oxigênio, em Uruaçu, no norte do estado. A investigação apontou que houve uma falha na rede elétrica interna e que os profissionais não perceberam que os equipamentos estavam funcionando com bateria.
Foram indiciados por homicídio culposo uma médica, uma fisioterapeuta, uma enfermeira e seis técnicos. Além deles, uma pessoa da equipe de manutenção foi indiciada por falso testemunho. Os nomes dos indiciados não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu identificar se eles já têm advogado até a última atualização dessa reportagem.
O g1 entrou em contato por e-mail às 8h40 com a Secretaria de Estado da Saúde e aguarda retorno.
As duas mortes aconteceram no dia 12 de julho. A perícia concluiu que não houve problema na rede elétrica do lado de fora do hospital e nem falta de energia na região. Porém, uma falha interna durante a madrugada vez com que um dos disjuntores que alimentavam os ventiladores mecânicos da UTI desarmasse.
Os equipamentos continuaram funcionando, mas com bateria, durante cerca de 3 horas. Quando a carga acabou, os pacientes ficaram sem o oxigênio, o que causou a morte de duas pessoas.
“A maioria [dos funcionários] não sabia identificar ou sabia muito vagamente identificar os sinais que o ventilador mecânico emite quando está em modo bateria e quando a bateria está em nível crítico. Outros, apesar de alegarem que saberiam identificar, dizem que não viram ou não despertou o alarme, mas os registros da memória do equipamento mostram que todos os alarmes foram disparados”, disse o delegado Sandro Leal.