Goiânia amanheceu encoberta por uma nuvem de fumaça neste domingo (25). Além da visão horrível do horizonte pela janela, o fenômeno também pode causar riscos para a saúde. A médica infectologista Marina Roriz, do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), explica os cuidados.
“Essa fumaça tem gás carbônico e fuligens, que são partículas maiores irritantes para a mucosa do nariz e de todo o trato respiratório”, disse.
Segundo a médica, essa condição do clima e da baixa umidade do ar, são prejudiciais, principalmente, para pessoas que já possuem alguma alergia. “Como rinite e sinusite, por exemplo”, exemplificou. Segundo ela, as crises alérgicas podem vir acompanhadas de outras doenças respiratórias.
“Cresce as crises alérgicas, causa um processo inflamatório nas vias aéreas e deixa as pessoas mais suscetíveis às gripes e resfriados”, afirmou.
Além do grupo de pessoas com alergias respiratórias, a médica ressaltou que a fumaça é um risco para todos. “Todo mundo precisa tomar cuidado, é uma condição desfavorável”, reforçou. Segundo ela, os cuidados devem ser redobrados com crianças, idosos e pessoas mais vulneráveis.
Roriz ainda destacou que se a fumaça continuar por muito mais tempo no ar, os prejuízos à saúde podem ser a longo prazo também. “A exposição contínua pode levar a problemas crônicos, como alterações pulmonares e em todo o trato respiratório, além do cansaço crônico”, detalhou.
Cuidados
Questionada sobre os cuidados necessários para enfrentar essa condição do clima, a médica disse ser indispensável reforçar a imunidade. Roriz indica usar umidificadores nos ambientes, soro fisiológico para hidratar o nariz, beber muita água e consumir alimentos ricos em água.
A médica ainda destou a importância de manter o cartão de vacina contra influenza e Covid atualizadas. Além disso, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alertou a população neste domingo sobre os cuidados necessários para preservar a saúde. Veja as recomendações:
- Hidrate-se: Beba muita água ao longo do dia, mesmo que não sinta sede. A hidratação é fundamental para compensar a perda de líquidos pelo corpo.
- Evite exposição ao sol: Sempre que possível, evite a exposição direta ao sol, especialmente nas horas mais quentes do dia, entre 10h e 16h. Use protetor solar, roupas leves e chapéus.
- Fique em ambientes fechados: Procure permanecer em locais fechados e bem ventilados, para reduzir a inalação de fumaça e a exposição a poluentes presentes no ar. Se necessário, use umidificadores de ar ou coloque bacias com água nos cômodos.
- Proteja as vias respiratórias: Caso precise sair de casa, use máscaras para proteger as vias respiratórias da fumaça e dos poluentes. Evite atividades físicas intensas ao ar livre.
- Cuidado com os sintomas: Fique atento a sinais de desidratação, como boca seca, sede excessiva, urina escura ou em pouca quantidade. Além disso, tosse seca, falta de ar, dor de cabeça e irritação nos olhos podem indicar problemas respiratórios. Em caso de qualquer sintoma agravado, procure atendimento médico.
- Atenção redobrada com crianças e idosos: Estes grupos são os mais afetados pelas condições atuais. Certifique-se de que estejam bem hidratados e em ambientes protegidos.