Um adolescente de 16 anos foi apreendido em Jataí, na região sudoeste de Goiás, suspeito de furtar mais de R$ 100 mil da avó para comprar joias e caminhonete. Segundo a Polícia Militar, ele fez várias transferências por PIX da conta da idosa para a conta de uma terceira pessoa. Dessa conta, os valores eram transferidos para uma conta bancária do adolescente.
Por ser menor de idade, o nome do adolescente não foi divulgado e, por isso, o g1 não conseguiu contato da defesa para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
O caso foi registrado no dia 4 de agosto. De acordo com o relato da Polícia Militar, a pessoa que recebia o dinheiro não sabia das transferências feitas em sua conta. A polícia descobriu, então, que o filho da titular da conta, outro adolescente, usava a conta da mãe para transferir os valores para a conta do adolescente.
Para a polícia, o segundo menor envolvido confirmou que a mãe não sabia das transferências e que ele não sabia que o dinheiro era furtado. Os dois menores foram conduzidos à delegacia de Jataí para prestarem depoimento.
Ainda, segundo a Polícia Militar, adolescente de 16 anos informou que, dos mais de R$ 100 mil, cerca de R$ 50 mil foram utilizados para comprar uma caminhonete, R$ 10 mil em joias e o restante foi gasto em festa e lazer.
A polícia informou que a família do adolescente conseguiu devolver a caminhonete e obter 90% do valor de volta e as jóias foram entregues pelo adolescente para a avó como forma de reparação,.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Carlos Alberto, do Grupo Especializado em Investigações Criminais de Jataí, informou que, a princípio, o adolescente responderá por ato infracional análogo ao crime de furto qualificado por abuso de confiança. "Essa tipificação pode mudar ou ser acrescentados outros crimes a depender do desenrolar das investigações", explicou.
O delegado explicou também que os dois adolescentes não ficaram apreendidos, apenas prestaram esclarecimentos na delegacia. Segundo ele, no dia que os dois foram conduzidos às delegacia, já não existia flagrante, pois a última transferência tinha sido feita uma semana antes.
Além disso, o delegado afirmou que o vendedor da caminhonete será investigado também. "Vamos investigar para saber o porquê ele vendeu o veículo a um menor, sem a presença de um maior de idade, pelo valor de 50 mil reais", contou.