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Os militares optaram por exterminar os insetos por causa da agressividade do enxame. O trabalho realizado no sábado (5) durou várias horas, mas ninguém se feriu.

A filha da aposentada contou que ela faz tratamento médico contra a Doença de Chagas e, por isso, passa um tempo na casa de outra filha, que mora em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Entre consultas e tratamento, a casa da aposentada, em Niquelândia, ficou fechada por dois meses.

Segundo Luzia Silva, de 50 anos, a mãe estava na casa da irmã, onde passou a celebração do Natal, mas por gostar muito da chácara, decidiu voltar para a casa. Até então, a idosa disse que não tinha tantos insetos no teto, mas que eles estavam construindo uma casa.

"Quando chegou na chácara, minha mãe falou que eles [marimbondos] estavam se juntando no teto, mas mesmo assim não conseguiu dormir no quarto e foi para o sofá da sala. Ela dormiu na casa por uns 20 dias, quando nos ligou e contou que levou 15 picadas", contou a filha.

A aposentada voltou para Aparecida e a casa foi fechada novamente por mais de 30 dias. Foi quando um vizinho, que toma conta do local, avisou que o enxame tinha ocupado quase todo o teto e chamou os bombeiros.

O biólogo Edson Abrão explicou que profissionais, como os bombeiros, normalmente fazem a retirada deste tipo de inseto durante à noite porque eles estão dormindo e ficam menos agressivos.

"Marimbondos e abelhas são os insetos que mais matam no mundo. É um enxame muito perigoso, que só ataca quando se sente ameaçado. O inseto pica a pessoa e libera uma substância, que causa ardência no local", explicou Abrão.

Essa picada, algumas vezes, pode causar choque anafilático, segundo o biólogo. O veneno, em si, não mata a pessoa, mas causa forte dor e vermelhidão no local.

O choque anafilático, segundo o Ministério da Saúde, é a forma mais grave de reação à alergia. A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte.