O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou um homem de 39 anos pela morte de Katherine Liliana Rojas Torres, nesta semana. O acusado teria cometido o crime contra a ex-patroa com 36 facadas, em 27 de abril, em uma casa noturna que pertencia à vítima.
Segundo o MP, o homem trabalhou por um tempo na boate da boliviana. Consta na denúncia que Katherine possuía um desentendimento com ele por causa de uma dívida de seguro veicular. Além disso, conforme o órgão, ela também devia a diversas outras pessoas, inclusive à esposa do denunciado, que também já havia sido funcionária da casa noturna. As dívidas da vítima seriam de cerca de R$ 300 a cada credor.
O promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues disse que no dia do crime, segundo apurado, a vítima realizava atendimentos na boate, quando o ex-funcionário teria entrado no estabelecimento e aplicado mais de 30 golpes de faca em diversas partes do corpo dela. O homem, então, fugiu e a mulher morreu no local antes de ser socorrida.
Cerca de um mês após o homicídio, o acusado foi preso e está na Unidade Prisional de Rio Verde. Conforme o promotor, “o homem, ao cometer o crime, agiu por motivo torpe, pois a vítima lhe devia dinheiro. Também, agiu com crueldade, dado o número de golpes, o que causou sofrimento brutal e desnecessário em Katherine. Por fim, lançou mão de recurso que dificultou a defesa dela, que, desarmada, foi pega de surpresa, sem chance de se defender do ataque”.
Ele ofereceu a denúncia por homicídio com as qualificadoras:
Motivo torpe;
Meio cruel; e
Mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida.
Paulo de Tharso também pediu a conversão da prisão temporária em preventiva. Segundo ele, existem fortes indícios de que o homem possui antecedentes criminais por formação de quadrilha e receptação.
Em maio, a polícia cumpriu buscas em uma residência onde morava o acusado e a companheira dele, e de uma outra pessoa ligada ao suspeito. No local, foram encontradas várias porções de “crack”. O homem, então, acabou preso também por tráfico de drogas.
Segundo a Polícia Civil, o denunciado, durante interrogatório, confessou o crime e disse estar arrependido e que não se lembra como ou porquê matou Katherine. Alegou que estava sob efeito de drogas e álcool.
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