A Polícia Civil prendeu na noite deste domingo (21), em Itapetininga (SP), o suspeito de roubar e matar a vendedora Susana Dias Batista, de 47 anos. Susana desapareceu na quarta-feira (17), depois de sair para almoçar com a picape da empresa onde trabalhava. Ela foi achada morta no dia seguinte, em uma área de mata.
Com auxílio das câmeras de segurança de lojas e condomínios e de uma testemunha, que confirmou que ele é o homem que entrou no carro de Susana, a polícia identificou Raimundo Nonato da Silva Pessoa como o autor do crime.
Raimundo confessou o homicídio, mas negou o estupro. Porém, a mulher foi encontrada seminua. Por isso, a polícia investiga se houve o crime.
Raimundo trabalhava como pedreiro e teve a prisão temporária decretada na sexta-feira (19). Após investigação para descobrir o paradeiro do suspeito, ele foi localizado na Vila Nastri II e preso na noite de domingo. Segundo a polícia, Raimundo tentou resistir à prisão.
No local onde ele foi preso, a polícia encontrou a roupa que ele usava no dia do crime. Raimundo foi levado até a delegacia, onde foi ouvido, sendo transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP) da região.
Raimundo Pessoa, suspeito de matar Susana Batista, na delegacia após ser preso por homicídio em Itapetininga — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Abordagem
Susana Batista desapareceu na tarde de quarta-feira quando saiu para almoçar com o carro da empresa. Desde então, amigos e parentes comunicaram a polícia e começaram a fazer buscas por ela.
A filha de Susana, Tainá Cesar, de 25 anos, contou ao g1 que, assim que recebeu a notícia do desaparecimento, rastreou o celular da mãe e a procurou pelos locais onde ela teria passado.
"Vi que o sinal do celular da minha mãe indicou que ela passou por uma farmácia e depois por Alambari. Fui até os comércios e pedi as imagens. Consegui vídeos e descobri que minha mãe foi abordada por um homem, ainda na farmácia", conta a jovem.
No vídeo gravado por uma das câmeras de segurança, por volta das 14h30, é possível ver a picape que Susana utilizava estacionada na Rua Padre Albuquerque, no centro de Itapetininga, e uma possível abordagem.
Raimundo se aproxima, olha em volta, e aparenta entrar no veículo pela porta do motorista (conforme o vídeo, a ação ficou encoberta por uma placa de publicidade).
Cerca de dez minutos depois, o veículo da empresa foi visto pela Avenida Dr Ciro Albuquerque, próximo a uma empresa de energia. Um câmera de segurança flagrou a picape passando pelo trecho às 14h49, sentido Alambari, e retornando às 15h27.
Picape de mulher achada morta e seminua foi flagrada por câmera em avenida de Itapetininga
Da segunda vez que a picape passa pela avenida, aparentemente, é o suspeito quem está na direção do veículo. Neste momento, ele bate na guia e invade a calçada, quase atingindo um poste e danificando uma das rodas da picape.
Mapa do caso Susana, em Itapetininga — Foto: Arte: g1 / Fotos: reprodução e divulgação
Corpo encontrado
O corpo de Susana foi encontrado um dia depois de desaparecer. Parentes que faziam buscas às margens da Rodovia Vereador Humberto Pellegrini (SP-268), entre Itapetininga e Alambari (SP), a localizaram morta. O corpo estava onde a mulher tinha sido vista pela última vez por dois ciclistas, conforme a família.
Família encontra corpo de mulher desaparecida em Itapetininga — Foto: Karina Ricca/Tv Tem
As polícias Militar e Civil foram até o local, assim como uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O corpo foi recolhido pela funerária e levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher tinha vários hematomas no rosto e estava usando apenas roupas íntimas. As causas da morte dela serão investigadas.
Susana desapareceu após sair com veículo de empresa; ela foi achada morta em Itapetininga — Foto: Arquivo Pessoal - Guarda Civil/Divulgação
Velório
O corpo de Susana foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) no início da tarde de sexta-feira (19). O velório foi realizado logo depois, na Paróquia São João Batista, com caixão fechado. Às 15h, começou uma missa de corpo presente, e o sepultamento por volta das 17h no Cemitério São João Batista.
Conforme apurado pela Tv Tem, a igreja comporta 534 pessoas e ficou lotada na tarde desta sexta-feira (19). Susana fazia parte de um grupo na paróquia que ajudava famílias em situação de vulnerabilidade.
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